_histórias da onça
TEATRO . IDENTIDADE VISUAL
2019. identidade visual e bonecos.
espetáculo do Coletivo da Onça, com direção de Veronica Fabrini.
fotos | Nina Pires
_Quando a Taiana Cuschinir Avritchir me convidou para pensar a identidade visual do Histórias da Onça, o projeto estava começando a nascer. Adivinhei, no cuidado da proposta e no jeito como ela falava sobre a pesquisa, que seria um processo especial. Cada passo que a equipe dava na pesquisa, guardava escuta, respeito e admiração pelas culturas dos povos que inspiraram a dramaturgia, a trilha sonora e as visualidades.
Como gosto de fazer sempre que é possível, acompanhei o trabalho desde os primeiros ensaios, procurei conhecer toda a equipe e olhar com cuidado para tudo que estava sendo pensado e produzido. Vi a dramaturgia e a encenação crescerem com vigor a cada ensaio, alimentadas pela direção inspirada de Veronica Fabrini. Satisfazendo não só as necessidades do projeto, mas meus interesses como artista, fiz também minha própria pesquisa sobre os grafismos e a figuração desses povos, experimentando no ato do desenho um aprendizado e um estado que não tinha vivenciado antes.
Um material completo de identidade visual – cartaz, programa, divulgação digital, cabeçalho para blog e banner impresso – nasceu com fluidez desse convívio e da troca com a equipe.
Mas para além disso, ao longo dos ensaios surgiu uma ideia e uma necessidade nova de produção: bonecos articulados de formigas que a Taiana, que fazia a oncinha, iria manipular em cena. Sendo algo imprevisto, a equipe não tinha bonequeiro e eu, que começava a me interessar pela confecção de bonecos, me ofereci para criar as formigas a partir do universo da peça. Com a ajuda da consultora indígena Ahami, reuni o material: pequenas cabaças, sementes, escamas de peixe e galhinhos. Desenvolvi um mecanismo simples de articulação e um recurso rápido para que a Taiana pudesse encaixar os bonecos nas mãos em cena – e fiquei emocionada quando as vi vivas, sendo acompanhadas pelos olhos das crianças.
_FICHA TÉCNICA
_direção
Veronica Fabrini
_atrizes
Deborah Ferraz
Taiana Cuschinir Avritchir
_musicista
Nina Neder Petrini
_visualidades
Gabi Fuziyama
Sabrina Fagundes
_consultoria indígena
Yanapa Mehinaku Kuikuro
Luciana Ahami Guarani
_identidade visual , ilustrações e bonecos das formigas
Marina Faria
_costureira
Graciete Mary
_assessoria de imprensa
Marina Franco
_fotografia
Nina Pires
_produção local
Rafael Karnakis Bazzi (Assis)
Vinicius Ruis Cordeiro (Tupã)
Mário Luís Tom (Parapuã)
Rafael D'Alessandro (Campinas)
_produção executiva e financeira
Taiana Cuschnir Avritchir
_assistência de direção, produção e técnica
Ana Lais Azanha
_referências das músicas utilizadas na peça
Mamo Oimê nde rory (Guarani Kaiowa)
Api Ayã Txuxi Txuxi (Yudjá)
Pisa Ligeiro (diversos povos)
Penkri Fitancam (Kaigang)
Padû Padû (Povo Juruna)
Kazu tã uãixim cã (Kaigang)
Jahane Jahecha (Guarani Kaiowa)
Akoj Té Akoité (Ikolen Gavião)
Cantiga makuna (da Comunidade São Pedro - Rio Negro)