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_o Silêncio em apuros
ARTE INSPIRACIONAL PARA LONGA DE ANIMAÇÃO
. argumento e roteiro de Vanessa Prieto

2017. desenhos . criação de personagens e cenários

_“O Silêncio em Apuros” foi criado pela Vanessa Prieto como peça teatral — um musical sensível e poético, com uma visualidade incrível. Anos depois da estreia da peça, a Vanessa quis transformar a história em livro — foi quando nos conhecemos: ela me chamou para ilustrá-lo. Tive então a sorte de conhecer a história desses seres que, muitas vezes, nos acompanham sem nos darmos conta (o Silêncio, o Barulho e as Artes), e a alegria de trabalhar com essa artista completa e generosa, numa colaboração muito rica.

 

Alguns anos mais tarde, a Vanessa começou a trabalhar para uma nova versão da história, dessa vez como longa de animação. O projeto foi contemplado por um edital da Ancine que oferecia, além de recursos financeiros, um laboratório de formação, primorosamente estruturado pela Klaxon. Com acompanhamento de diversos profissionais premiados na área, a Vanessa iria desenvolver o roteiro do filme e, mais uma vez, ela me chamou para criar os desenhos que dariam forma à história nesse momento inicial da criação — o que chamamos de arte inspiracional. 

 

Acompanhei o laboratório de perto para poder me aprofundar no estudo dessa área, nova para mim, e abri a escuta para o processo de escrita da Vanessa, buscando sempre dar suporte aos caminhos que a história apontava. Mais uma vez, nos lançamos em um processo colaborativo intenso: se, por um lado, o roteiro alimentava as imagens que eu estava criando, por outro, cada desenho produzia no enredo e nas personagens um aprofundamento, muitas vezes chegando a apontar caminhos em pontos — até então — obscuros da trama. 

 

Foi um mergulho profundo nesse universo: vimos a história se transformar, crescer, pedir novas imagens, novos lugares, novos personagens. Viajamos entre a cidade barulhenta do protagonista humano e o mundo instigante das Artes, com seus Campos da Inspiração, a Floresta do Experimento e o Vale das Frustrações.

 

Na equipe, estávamos acompanhados dos talentosíssimos Gustavo Kurlat e Patricia Oriolo, e dos cuidadosos produtores da Nip, Daniel Greco e Felipe Sabino. Como professores, tínhamos ao nosso lado grandes profissionais, que também eram professores generosos, com a escuta aberta e toda exigência necessária — a Rosana Urbes, o Frederico Pinto, o Arthur Warren, o Alê Abreu, a Fernanda Carvalho, a Marta Machado e uma série de outros profissionais, que tiveram uma participação frequente ou pontual, mas sempre agregadora, e a quem sou infinitamente grata, por tudo que nos ensinaram e pelo modo como acolheram os desenhos e estimularam que seguíssemos os caminhos que a história estava indicando, mesmo que não fossem convencionais.

 

Senti que meu trabalho cresceu demais nesse processo: as imagens que criei para esse universo — fresco, livre, sem padrões pré-estabelecidos — me levaram a descobrir uma nova postura para desenhar e me surpreenderam com novas possibilidades para o meu traço. 

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